“Pois bem. É
assim... Há muito tempo atrás em uma festa pelas noites de Brasília conheci
a Karina, uma linda loira, diga-se de passagem. Quando a vi, “só tinha
olhos para ela”. Ninguém ali me chamou tanta atenção. É verdade, ela parecia
estar investida em uma magia inexplicável que despertou a minha atenção.
Naquele momento, fiquei ali parado perplexo vendo seu jeito de menina, jeito
de mulher. Ao mesmo tempo pensando em alguma forma de me aproximar, me
apresentar. E num ímpeto natural me aproximei de uma senhora que com ela
estava. Sem pensar muito procurei saber mais sobre ela, a Karina. Ali vi a
possibilidade de uma aproximação, então decidi que daria o meu telefone para
que a tia dela a entregasse, assim ela poderia me ligar, pensei.
Com o passar do tempo muita coisa mudou em minha vida, comecei a namorar
outra, não havia mais esperança de que ela a Karina me ligasse. O meu namoro
durou pouco mais que um ano. Certo dia, numa segunda-feira pela manhã, após um mês do termino do meu
namoro o telefone toca e para minha surpresa era ela, a minha linda
adorável amável Karina.
Ligou, quase dois anos depois. Para mim, era algo
inusitado, já não esperava mais que ela me ligasse confesso. Com isso, aprendi uma lição, o inusitado às vezes não é inconveniente. Ela
ligou justamente no memento certo. Eu já não estava mais com ninguém. Hoje
eu me pergunto - Como ela poderia saber? Talvez o destino... Não sei.
Então é isso, não tenha medo do inusitado. Às vezes pode acontecer com você.
Saiba aproveitar as oportunidades da vida, pois, em parte, somente surgirão
com o seu consentimento”.
(Edilmar Lima)