Ter competência ou ser competente
Não existe mistério nas
entrevistas e dinâmicas por competência.
Quatro horas fechado em uma
sala, participando da seleção.
Dias depois, vem a surpresa: você não foi
aprovado. Por um longo período, o seu
sentimento é de raiva, indignação e dúvida... O que eu não tenho para a vaga? Os
conhecimentos da empresa eram apenas inglês e informática, e estes eu domino
muito bem. O que faltou?
Diferentemente do modo como
muitos pensam, a resposta não está em "o que eu não tenho", mas, sim, em "como
eu sou", quais as expectativas da empresa para o candidato. As exigências de quem
contrata não se restringem apenas a conhecimentos técnicos, pois incluem as
competências necessárias para que o candidato atenda às expectativas da empresa
e vice-versa.
É importante saber a
diferença entre as palavras "competência" e "competente". Apesar de
relacionadas, na prática, são diferentes. Ser competente faz parte de
ter um bom desempenho em determinada tarefa, e não garante o desempenho sempre
positivo. Pode acontecer de alguém ser competente apenas em alguns momentos.
Ter competência significa
possuir habilidades e atitudes compatíveis com a tarefa e ser capaz de colocar
esse potencial em prática no momento certo. Hoje, as competências exigidas pelo
mercado recebem muitas denominações, mas, em geral, elas são sempre as mesmas:
pró-atividade, criatividade, flexibilidade, habilidade em negociação, trabalho
em equipe, facilidade no contato com pessoas, foco no resultado e planejamento.
É possível que você não tenha
todas essas competências, mas com certeza possui uma delas. Combinadas com
outras, estas competências formam você como profissional. A resposta para não ser
aprovado naquela seleção de quase um dia inteiro está exatamente neste ponto.
Existem muitos fatores para se preencher determinada vaga e, na maioria das
vezes, estes passam longe de conhecimentos técnicos. Estão relacionados ao
perfil do candidato e às características do cargo a ser ocupado.
Um vendedor externo precisa
ter bom relacionamento com as pessoas e ótima habilidade em negociação. Estas
competências devem sobressair entre outras. Às vezes, o estudante tem as
competências para a vaga, porém não soube demonstrá-las no momento da seleção,
pois ficou intimidado com o grupo. E existem muitos casos em que
o candidato tenta fingir ser outra pessoa e, da mesma forma, acaba prejudicado
no processo, pois a selecionadora é uma pessoa especialista no assunto e sabe
como identificar cada indivíduo sem se deixar enganar.
O mais importante é ser
verdadeiro e evitar a frustração caso o seu perfil não se encaixe com a vaga.
Cada processo de seleção é uma experiência, e mesmo com resultados aparentemente
"negativos", você adquire conhecimentos e aprende quais os aspectos a melhorar
para a próxima oportunidade.