Palavrões...
Uma tarde eu me debrucei em minha cama, lendo um livro interessante. Um
vento gostoso entrava pela janela e eu me divertia, bastante concentrada
em meu livro. De repente, comecei a ficar zonza e atordoada com uma
barulheira que vinha não sei de onde...
Olhei: era a minha tia. Ela havia entrado em meu quarto, xingando e
reclamando sem parar. Parecia que o problema era o cão que espalhara lixo
pelo jardim.
Mas, que engraçado! A impressão que eu tive foi de que minha tia tinha
espalhado um saco de lixo no meu quarto e saído como se nada tivesse
acontecido...
Imediatamente, lembrei das vezes que falei palavrões. Como é desagradável
uma pessoa que reclama de tudo, xinga os outros, pragueja quando algo
acontece, diz palavrões!
Achei muito legal quando me explicaram uma frase:
"A boca fala do que o coração está cheio".
Quer dizer que, se estamos tristes, falamos de coisas tristes e ruins. Se
estamos alegres, conversamos sobre coisas belas e úteis, elogiamos as
virtudes dos outros, buscamos fazer as pessoas se sentirem bem e felizes
com a nossa presença.
É por isso que me esforço para prestar muita atenção em tudo o que eu
penso e falo. Porque oferecer lixo aos outros é faltar com o respeito.
Mas também porque, quando oferecemos flores, através de pensamentos,
palavras ou atitudes, nossas mãos ficam cheias de perfume!