Somos o que fazemos repetidamente. Por isso            
o mérito não está na ação e sim no hábito.           
(Aristóteles)        

 

 
 


                              Um beija-flor


Era uma vez um beija-flor que vivia procurando uma flor... mas não qualquer flor, tinha que ser especial, notável. Visitou vários jardins, conheceu muitas flores, belas e formosas, mas seu pequeno coração almejava algo maior, não que as flores fossem vazias, pelo contrário, muitas estavam cheias de néctar, mas ele não se sentia bem e com seu bater de asas saia voando para outros jardins...

Em terra distante, cansado de voar, querendo apenas descansar o beija-flor resolveu parar... Era um jardim vazio como nunca tinha visto antes... E no meio dele tinha a flor miúda e murcha, e perto dela ele chegou... Ela se disse magoada e cansada de sofrer, sozinha estava a espera de um único amor... Um único beija-flor.

Ele pra ela deu carinho e afeto, a fecundou com o pólen do amor e a flor na mais linda se tornou... Com o tempo o jardim rico e cheio de vida ficou. E o beija-flor só para ela se entregou.

A flor pediu para que o beija flor prometesse que não visitaria mais nenhuma flor, que não voaria com seus amigos e seus insetos não caçaria mais... Deslumbrado com a beleza da flor e a riqueza de seu jardim, acreditando que só dela poderia viver, o beija flor concordou... E ali ficou, nunca mais voou para outro lugar.

Fazia tudo pela flor, trazia água, fazia sombra em dias quentes, a protegia dos ventos da vida, velava seu sono. Um dia porém a flor seu néctar negou. Sem saber o que fazer o beija-flor perguntou
- Por que? - A flor respondeu
- Suas asas trazem pó e sujeira para minhas pétalas, me sinto suja quando você vem...

O beija-flor não podia acreditar naquilo que ouvia... Não sabia mais pra onde ia... Sentiu-se culpado pela perda, sentiu-se pequeno e se entregou a essa dor.

Suas asas, depois de tanto tempo sem voar, já não suportavam seu peso, e dali não podia sair... Sem o néctar não tinha mais energia e conseqüentemente não podia caçar seu alimento... Foi perdendo as forças e acabou no chão, sobre a sombra de sua ex-flor, ali no chão, suplicou, mas a flor não ouviu, aos seus apelos não escutou. Ele pediu néctar para alçar mais um vôo, mas a flor simplesmente negou e no frio e ao relento ela o deixou.

Quase que desacordado o beija-flor escutou uma voz suave a lhe chamar:
- beija-flor, beija-flor... Ele ao se virar observou um velho amigo que há muito tempo não via, outro beija-flor... Ele lhe trazia um pouco de néctar, com aquilo o beija-flor novamente voou, foi um vôo pequeno, mas em outro jardim ele chegou, cansado próximo ao chão ele pousou e uma flor de campo ele encontrou.

A flor do campo a ele seu néctar ofereceu... O beija-flor que tinha se esquecido de voar, pela outra flor sua vida ele deixou de levar, mas para aquela simples flor do campo ele resolveu se entregar...
Ela jamais lhe pediu algo em troca, e ele finalmente pode compreender a diferença entre a privação e a doação.

Hoje ele ainda esta reaprendendo a voar, mas felizmente ele encontrou aquilo que no principio estava procurando, algo maior, que não estava na beleza nem na riqueza, mas que se encontrava na pureza e na simplicidade de uma flor do campo, o amor verdadeiro.


Bom dia!!

www.rivalcir.com
www.rivalcir.com.br

.

 

Veja!!

Especialistas dão dicas para o sucesso dos blogs

 

Maktub
2367

 
 
 

     Receba mensagens em seu e-mail.  Um amigo em algum lugar... 
    vai lembrar de você em um momento muito especial.  
Faça o cadastro gratuito  click aqui 






.

 

 Copyright© 1996/2006  Rivalcir  Liberato - Todos os direitos reservados. 
10 anos CAMINHANDO com você!      

.