Ciúme : Uma
Ameaça ao Amor
Desconfianças constantes,
interrogatórios diários, irritação ao ver a
pessoa amada bem produzida... Quem já
experimentou tais comportamentos sabe o
quanto uma relação amorosa fica desgastada após
uma crise de ciúme.
Trata-se de um sentimento negativo e não é
indicativo da presença de um intenso amor mas,
pelo contrário, revela a insegurança em relação
aos sentimentos do parceiro, a necessidade
de interferir sobre o outro e,
principalmente, o medo da perda.
O ciúme traz dor pois é gerado por uma intensa
desconfiança, na maioria das vezes
infundada, valorizando o sofrimento e como
sabemos o verdadeiro amor não dói, quando
dói não é amor, é apego! Na realidade existe um
grande medo de lidar com as próprias
frustrações e perdas, além de uma sensação de
inferioridade.
É comum pessoas ciumentas imaginarem perder seu
amor para alguém "maravilhoso", bem melhor
e mais qualificado. Quando isso ocorre é
importante verificar atentamente os
motivos do medo da perda. Resgatar a auto-estima
se faz necessário, pois existem sinais claros de
que algo a incomoda internamente. A baixa
auto-estima faz parte de um processo e tem a ver
com o modo que a pessoa se sente consigo
mesma. Portanto, ao valorizar-se
percebendo seus pontos positivos, fica mais
fácil gostar de si e naturalmente doar seu
amor ao outro.
Sessões terapêuticas podem ser um dos recursos
viáveis para a conquista de um caminho
mais breve e verdadeiro, pois um profissional
possibilita descobrir quem realmente
somos. Assim, reconhecendo suas falhas,
adquirindo melhor
domínio sobre si, não haverá espaço para nenhum
sentimento negativo interferir Sem deixar para
amanhã
A vida sempre surpreende. Ou talvez se deva
dizer que a morte surpreende a vida?
Afinal, ela sempre aparece em momento
inoportuno. Quando estamos para nos
aposentar e gozar do que consideramos um
merecido descanso. Ou quando estamos nos
preparando para o casamento.
Ou, ainda, quando acabamos de passar por um
concurso que nos garantiria uma carreira
de sucesso. Por isso mesmo, nunca devemos deixar
para amanhã as declarações de afeto. Por
vezes, tivemos um professor que nos
influenciou muito e realmente deu sentido,
propósito e direção à nossa vida.
Entretanto, nunca reservamos um tempo para lhe
agradecer.
De repente, ele morre e ficamos a pensar: "meu
Deus, ao menos eu deveria lhe ter escrito
uma carta." De outras, brigamos com alguém e
punimos a pessoa com nosso silêncio.
Passam-se os dias, os meses, os anos.
E continuamos com a punição. Aí a pessoa morre.
O que acontece? Quase sempre o remorso nos
alcança e começamos a cogitar: "eu devia ter
falado com ela." Para compensar a nossa
culpa, vamos à floricultura e compramos
muitas flores, para enfeitar o caixão, a sala
mortuária, o túmulo.
Teria sido muito mais compensador ter comprado
algumas flores antes, um pequeno ramalhete
e ter tentado fazer as pazes. Reatar a afeição.
É até possível que a pessoa rejeitasse as
flores, as jogasse no chão. E nos desse as
costas. Mas, então, o problema não seria mais
nosso, mas
exclusivamente dela.
Um dos exemplos mais comoventes a respeito do
arrependimento por deixar para depois, nos
vem de uma carta escrita por uma jovem americana
ao namorado. É mais ou menos assim:
"lembra-se do dia em que eu pedi emprestado seu
carro novo e o amassei? Achei que você ia me
matar, mas você não me matou.
Lembra-se de quando eu o arrastei para ir à
praia, e você disse que ia chover, e
choveu? Pensei que você fosse dizer: ‘eu não a
avisei?’, mas você não falou. Lembra-se da
época em que eu paquerava todos os rapazes para
lhe fazer ciúmes, e você ficava com
ciúmes? Achei que você fosse me deixar, mas você
não me deixou.
E quando deixei cair torta de amora nas suas
calças novas?
Pensei que você nunca mais fosse olhar para mim,
mas isso não aconteceu. E quando me
esqueci de lhe dizer que o baile era a rigor, e
você apareceu de jeans? Achei que
você fosse me bater, mas você não me bateu.
Havia tantas coisas que eu queria fazer para
você quando você voltasse do Vietnã...
Mas você não voltou..." OKerir no
relacionamento.
Vale lembrar que cada ser humano é especial e
único. É fundamental reconhecer que o
outro está ao seu lado porque ama você e porque
escolheu você. Afinal, ninguém é obrigado
a manter um relacionamento.
Há casos em que o parceiro quer justificar um
comportamento inadequado ou até mesmo
agressões físicas e morais decorrentes de uma
crise de ciúme, baseado na célebre frase:
"Meu amor é verdadeiro, por isso sinto ciúme".
Mas será que é possível relacionar amor
com um sentimento de posse?
Amor é um sentimento inexplicável: puro, nobre,
gostoso, prazeroso, saudável, doce, suave,
manso. É também quente, forte e incondicional.
Enfim, não combina em nada com o que
conhecemos por ciúme.
Pessoas mais amadurecidas e otimistas
administram e controlam bem suas emoções e
são capazes de reconhecer e valorizar a magia da
incerteza, uma vez que esta é a
responsável pela "graça" do bem viver!