Lidando com pessoas que se
impõem
Você já teve de lidar com aquele tipo de pessoa
que chega à sua casa e não sabe a hora de ir
embora. Às vezes elas ficam até as quatro da
manhã ou, quem sabe, até o Natal... Precisamos
ser capazes de lidar com essas pessoas sem nos
estressar e sem sentir constrangimento em dizer:
“isso não é conveniente”...
Da mesma maneira, outras podem ter o hábito de
monopolizar nosso tempo. Se você quiser dar o
tempo a elas, ótimo. Mas evite essas situações
em que você oferece seu tempo às pessoas, sorri
muito, mas depois se ressente com elas pelo
resto da semana. Não devemos confundir
auto-sacrifício com polidez.
Algumas pessoas se sentem felizes da vida em
aborrecê-lo com histórias sem fim e que você já
ouviu pelo menos uma dúzia de vezes. A menos que
você tome o cuidado de redirecionar a conversa,
ou pelo menos de pedir uma versão resumida do
drama, elas não têm piedade... e mandam ver...
Tenha respeito por seu próprio tempo e, sendo
polido, sinta-se à vontade para dizer a verdade
claramente... Da mesma forma, você não tem de se
submeter às intermináveis queixas dos
“reclamadores” e “lamentadores” da vida. Tente
alguma estratégia. Por exemplo, você pode dizer
“não creio que essa sua visão das coisas esteja
sendo produtiva; vamos tentar algo melhor para
solucionar o problema”.
E mais, algumas pessoas se realizam fazendo você
se sentir culpado, com frases do tipo: “se não
fosse por você...”, ou então com a máxima:
“depois de tudo que eu fiz por você...”. Não
caia nessa! A culpa é destrutiva. Chame a
atenção da pessoa para o que ela está fazendo e
pergunte diretamente: “não está tentando fazer
com que eu me sinta culpado, está?”. Em geral,
as pessoas entendem a indireta e desistem de
aborrecê-lo.
Em poucas palavras: se os outros não o
respeitam, monopolizam o seu tempo ou
descarregam tudo em cima de você, pergunte a si
mesmo: “o que estou fazendo para encorajar as
pessoas a me tratarem assim?”. Se quiser que
elas mudem, você terá que mudar primeiro.
Andrew Matthews, no livro "Faça Amigos"