De Quem é a Culpa?
As perguntas
mais freqüentes, no ambiente de trabalho, geralmente são: "Quem é o culpado?",
"Quem fez isso?", "Quem foi?", etc.
Por conseguinte, as respostas aparecem: "Não fui eu", "Não tenho culpa", "Não
sei de nada", "Eu nem estava aqui", e assim por diante.
Basta surgir um problema qualquer, ou alguma coisa dar errado e lá vem a
pergunta, seguida da esperada resposta. E não é raro que os acusadores de
plantão estejam alertas para denunciar: "isso é coisa de Fulano", "Beltrano é
que costuma fazer isso", "Não disse que não ia dar certo?", "Eu bem sabia que
isso iria acontecer..."
E assim passamos os dias, os meses, os anos... Sempre à procura de culpas e de
culpados...
No entanto, dizem a razão e o bom senso, que melhor seria encontrar a solução do
problema e depois buscar as causas, sempre com intuito de evitar que ocorra
novamente.
Uma equipe que agisse dessa maneira, desarmada e comprometida com a tarefa,
faria o trabalho fluir de forma harmônica e séria, em vez de emperrar, volta e
meia, para uma "caçada às bruxas".
Numa equipe que pensa mais em buscar culpados do que encontrar soluções, a
criatividade é quase nula, e as pessoas não ousam sair dos limites que lhes
foram traçados, para não correr riscos.
O colaborador que trabalha com confiança na sua equipe, certo de que quando
errar terá o apoio dos demais para encontrar o caminho certo, será uma pessoa
inovadora, criativa, desarmada e sincera.
Já num ambiente em que a todo momento se corre o risco de ser denunciado,
punido, agredido com palavras e gestos, as pessoas ficam cada vez mais
inseguras, temerosas, e o ambiente se torna falso, irrespirável.
Quando a equipe é madura e seus membros são responsáveis, discutem-se problemas
e soluções com tranqüilidade,sem melindres, sem acusações de cunho pessoal, mas
com uma análise sincera do desempenho dos tarefeiros e da tarefa.
O que geralmente ocorre é que as pessoas acusam-se reciprocamente em vez de
avaliar a atividade e envidar esforços para fazer o melhor.
Existem, também, as pessoas imaturas, que levam tudo para o campo pessoal e
melindram-se quando ouvem críticas ao seu trabalho.
É importante considerar tudo isso e começar a agir com maturidade em prol da
atividade, e para o bem de todos.
Trabalhar numa equipe madura e consciente da importância de cada um de seus
membros, é o grande diferencial para se conseguir o bom desempenho de todos e a
excelência do trabalho.
Em vez de acusadores, parceiros. Em vez de desleixo, descuido, temor,
colaboração. O ser humano é naturalmente experimentador, inovador, ousado.
Quando reprimido, torna-se falso, dissimulado, propenso a sabotar o trabalho dos
outros.
Quando ouvido, valorizado, considerado, orientado, liberta sua criatividade e
produz coisas belas e nobres. Pense nisso e aja de forma madura com seus pares.
Você cresce e os outros também.
Afinal, a vida na terra é um aprendizado constante. E só cresce quem tem
humildade para aprender, discernimento para ensinar e, sobretudo, coragem de
renovar atitudes para melhor.
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