Dia
haverá, que ao acordar de manhã, pensarei em outras coisas que não sejam você,
que não indagarei mais o porquê que terei transcendido esta saudade, que não sentirei por você mais nada, nem ao menos amizade...
Dia haverá, que não precisarei mais saber como você tem passado se feliz ou triste, se contente ou amuado.
Que não perguntarei mais de você a ninguém, porque pouco me importará se você estiver passando mal ou bem...
Dia haverá, que não pedirei mais a Deus que você me escreva, que me ligue, me procure ou dê sinal de vida
que não abrirei mais as cartas na mesa, no afã de encontrar uma saída que não precisarei mais lhe contar
detalhes aqui da minha lida...
Dia haverá, que você estará banido
da minha mente, do meu destino, do meu
diário, das minhas noites insones que conseguirei olhar as estrelas sem chorar e sem gritar seu nome
que terei sobreposto e dizimado este
fadário na última lágrima, na última conta do meu rosário.