"Para que repetir os erros antigos quando há
tantos erros novos a cometer?"
(Bertrand Russel)

 


A porta da lei

Kafka conta a história de um homem que procura a justiça, caminha até o Palácio da Lei. Diante da porta do palácio, um soldado monta a guarda.

Como o sentinela não lhe dirige uma palavra, o homem resolve esperar. Espera um dia, mas o guarda continua mudo.

“Se eu ficar por aqui, ele perceberá que eu quero entrar” pensa o homem. E ali permanece.

Passam-se dias, semanas, e anos inteiros. O homem continua diante da porta, e o sentinela continua montando guarda.

As décadas passam, o homem envelhece, e já' não consegue mover-se. Finalmente, quando nota que a morte se aproxima, reúne suas últimas forças e pergunta ao guarda:

-Eu vim até aqui em busca de justiça. Por que você não me deixou entrar?

-Eu não lhe deixei? – responde, surpreso, o sentinela. - Você nunca me disse o que estava fazendo aí! A porta estava aberta, bastava empurra-la. Por que você não entrou?


(Paulo Coelho)


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