Evidencias
Quem ama
sente ciúmes (muito ou pouco, não importa), mas sente sim. Quem deixou de amar
já não se importa e deixa o outro totalmente à vontade, para que ele próprio
possa estar também assim.
Quem ama, vez por outra dá uma patrulhada no território e delimita as suas
fronteiras. Quem deixou de amar já não fiscaliza, é frio, controlado e jamais
perde as estribeiras.
Quem ama sempre acha tempo e encontra um jeito para estar com seu amor. Quem
deixou de amar vai postergando sem pressa, deixando que o vento sopre a seu
favor.
Quem ama faz perguntas pessoais e usa muito o pronome "nós". Quem deixou de amar
conversa banalidades e esquece o significado do advérbio "a sós". Quem ama quer
saber da vida do outro com detalhes e transparência. Quem deixou de amar se
esquiva e não cobra do outro mais nada, nem ao menos coerência.
Quem ama é pródigo em e-mails, telefonemas e com muito carinho dá um jeitinho de
marcar presença. Quem deixou de amar é pródigo em desculpas e pretextos com os
quais passa um verniz para disfarçar a indiferença.
Quem ama é naturalmente fiel e está sempre voltado às necessidades do outro ser.
Quem deixou de amar só é fiel a si próprio e ao seu bem estar e já não percebe
os danos que causa, querendo ou sem querer.
Quem ama mas não pode corresponder por imperativos das circunstâncias, abre o
jogo e usa de sinceridade. Quem deixou de amar não descarta o outro do baralho,
para o caso de uma eventualidade.
Será que neste momento você ama ou deixou de amar? Será que devo lhe querer ou
lhe deixar? Se ainda ama, eu sei que providências irá tomar.
E se já não
ama, com certeza irá se calar... ou talvez até dizer:
- Face ao exposto, nada tenho a declarar!
(Fátima Irene
Pinto)
www.rivalcir.com.br
www.rivalcir.com
3421