Buscando o bem de nossos semelhantes, encontramos o nosso.

 


Almas Grandes

Os Hindus contam uma história bonita. No princípio dos tempos,  uma grande nuvem espiritual envolvia o mundo constituindo a essência suprema, e cada criança, ao nascer, recebia uma generosa parcela deste misterioso ectoplasma que descia sobre ela e passava a ser sua alma.

Com o passar dos séculos, as populações foram  aumentando e já não havia grandes porções de alma para dividir com todos os que nasciam..

Então começaram a aparecer na terra milhares, milhões de pessoas com almas pequenas. Mas até hoje, de vez em quando, um engano acontece, e ainda sobra um pedaço maior de alma para determinados seres humanos.

 Assim nascem, aqui... ali, criaturas de almas grandes. Por toda parte, na terra, em países diversos, essas pessoas de almas grandes se reconhecem e se atraem ao se verem pela primeira vez. São em geral simpáticas, inteligentes, honestas, e se identificam imediatamente uma com as outras, como se fossem irmãs.

Os casos de amor ou amizade à primeira vista, constituem provas concretas de que estas grandes almas existem. A angústia de viver está em que, no caso de sermos almas grandes, passamos as vezes uma vida inteira sem encontrar nossas parceiras genuínas,

aquelas pessoas perfeitamente aptas a se identificarem conosco, a tornarem-se nossas maiores amigas, ou nossas grandes paixões.

E podem estar a nossa espera ali na esquina, ou num bairro que não freqüentamos, numa cidade que não visitamos. Todos deveriam falar com todos, sem constrangimentos, e tentar aproximações novas e freqüentes.

O mundo seria bem melhor se qualquer pessoa desconhecida dissesse em plena rua:
- "Taí...gostei de você... vamos tomar um café".

(Francine Rossetti)
 

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