Novos Tempos
É
tempo de agradecer as infinitas bênçãos recebidas e perceber o
milagre da renovação acontecendo em nossas vidas, a cada ciclo que
se fecha, para outro que se abre simultaneamente. É tempo de soltar
todas as lembranças ruins, de uma época pautada por ásperas lutas,
testes e provas, as quais superamos com êxito, amparados tão somente
na nossa fé, constância e determinação.
É
tempo de enaltecer os que chegaram somando forças aos nossos ideais e
mesmo aqueles que chegaram para miná-los ou comprometê-los, pois estes
foram também nossos mestres indiretos e, sem que percebessem, cumpriram
importante papel, treinando a nossa humildade, nossa capacidade de
discernir, compreender, silenciar e relevar.
É tempo de abrir os braços para o futuro e vislumbrar uma longa avenida
ensolarada, como justa recompensa por todas as sementes de legítimo amor
que fomos lançando ao longo da jornada, ainda que muitas vezes, em
áridos torrões. É tempo de reconhecer que o mundo lá fora não mudou, mas
que grandes e significativas mudanças ocorreram dentro de nós mesmos,
deixando-nos mais habilitados e fortalecidos para lidar com os pequenos
ou grandes revezes da vida.
É
tempo de pedir perdão à Vida, pelas vezes que não soubemos compreender
as suas Leis exatas e perfeitas. De perdoarmos a nós mesmos e pedirmos
perdão a todos aqueles que ferimos por ignorância ou pelos ditames do
egoísmo e da imaturidade, decorrentes da insignificância do nosso grau
evolutivo. É tempo de crer ainda mais profundamente no amor, o
verdadeiro amor aquele que redime, liberta, que tudo oferece
dadivosamente, sem esperar qualquer benesse ou imediata recompensa.
É
tempo enfim, de dobrarmos os joelhos em sincera oração, num ato de total
abandono e confiança no Deus da nossa compreensão, que conhece os nossos
desígnios, que sonda nossos corações, guia nossos passos e por fim,
conduz a nossa embarcação ao seu verdadeiro e definitivo destino.
(Fátima Irene Pinto)