Dentro de um antigo baú empoeirado se encontrava, entre algumas
bugigangas, uma pequena moeda. Estava escurecida e desgastada pelo tempo e
tudo indicava que havia sido muito manuseada. Contudo, nada era sabido
sobre o seu valor e há muito já fora esquecida.
Um dia, porém, o baú foi aberto e, após ser vasculhado, ela foi
encontrada. O homem que a descobriu levou-a primeiramente a um economista
para que fosse examinada. Este, ao ver a moeda, negligenciou-a. Afirmou a
sua antigüidade, mas desprezou o seu valor.
Não conformado com a avaliação feita, o dono da moeda se dirigiu a um
conhecido especialista em raridades. Ao apresentá-la, pôde perceber de
imediato, nas feições do homem, um certo ar de interesse e curiosidade.
Da moeda foi retirada toda a escória e o seu brilho ressurgiu. Após uma
detida análise, o especialista voltou-se para ele e declarou ser ele
possuidor de uma peça de imenso valor, uma rara moeda de ouro, na
verdade, um exemplar único.
Em muitas ocasiões, as pessoas são negligenciadas e desprezadas pelo juízo
dos outros. Ouvem palavras severas que as reduzem à insignificância. Porém,
o grande problema em tudo isso é que baseiam as suas vidas nestas avaliações
e vivem desconsiderando a sua real importância.
Para que se possa tomar consciência do próprio valor é preciso que o
indivíduo recorra a um especialista em raridades.
Deus é este especialista em raridades. Ele pode retirar toda a escória,
resgatar e declarar a real significância do ser humano. Ele faz ressurgir
o brilho esquecido pelas estações do tempo que foram vividas no pecado.
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Maktub