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Lições de uma criança
Dois dos melhores professores em minha vida foram minhas crianças. Não há
nenhuma dúvida em minha mente que a paternidade me ensinou mais do que
qualquer outra experiência de vida. Hoje, no caminho da escola para casa, minha filha me deu um boa lição. Temos dois cachorros. Encontramos ambos, cachorros de raça não definida,
abandonados na rua.
Vivemos na interseção entre o campo e a cidade. Cavalos e vacas; árvores
e áreas cultivadas; lagos e rios. Uma área rica em fauna e flora. Seria
um paraíso para os cães exceto por algumas pequenas coisas, como a lei
da coleira. Nossos cachorros anseiam por correr e o farão em qualquer oportunidade.
Tenho que mante-los presos, apesar do meu terreno ser cercado, de modo que
eu não tenha que pagar qualquer multa para recupera-los no canil da
cidade. Superar o obstáculo da cerca (nem sempre arrumada) nunca foi um
grande desafio para qualquer um de nossos cachorros.
Esta manhã eu cometi o erro ridículo de esperar até o último minuto
possível para prender os cachorros. Na pressa, enquanto prendia o
primeiro, o segundo se mandou. Chamei-a de volta, mas embora tenha dado uma paradinha ao ouvir-me, ela
escolheu ignorar meus comandos e passar um dia fora, brincando. Apesar de meus melhores esforços em manter a calma e paciência, ter um
cachorro desobedecendo-me, não contribuía com a minha atitude mental
positiva.
Fui cuidar de meus negócios, mas antes me despedi da cachorra
contando-lhe por telepatia que eu não pagaria fiança se a carrocinha a
apanhasse. Se recebeu meu sinal, ela não mandou nenhum confirmação. Mais tarde, quando peguei minha filha na escola, mencionei que Cady
poderia estar sumida quando chegássemos em casa. Um homem sensato teria
parado por aí, mas eu estava num dia cinzento, caindo do meu pedestal
imaginário de "super-pai", então adicionei esta declaração
tonta: - E vou te contar uma coisa! Se ela tiver sido apanhada pela carrocinha,
eu não pagarei sua multa desta vez. - Por quê não? Minha filha argüiu. - É só por causa do dinheiro? - Bem, em parte é por causa do dinheiro. Mas principalmente é porque
estou zangado com ela. Não vou manter uma cachorra desobediente, pronto!
Notei que minha filha mantinha a cabeça desviada de mim e não tinha dito
uma única palavra por mais de 5 minutos. Então, perguntei, - Você é louca por mim? - Sim, eu sou. Ela respondeu, agora olhando para mim com lágrimas nos
olhos. - Por quê você está tão chateada? Cady obviamente não se importa com
seu lar, se importasse, não iria sair correndo à cada oportunidade,
iria? Eu observei espertamente. Eu nunca tinha notado minha filha passando muito tempo com aquela
cachorra, então eu não poderia imaginar que o pensamento de perdê-la
seria tão doloroso. Em minha mente eu dei um amável lar para Cady, com
abundância de alimento e boa água por mais de dois anos. Se é
suficientemente ridícula para sair atrás de alguns minutos de caça à
algumas vacas dos vizinhos, "te vejo mais tarde, moça" é a
minha atitude.
- Você ainda não respondeu se me ama? Repeti com a pergunta
subentendida. Com seu jeitinho suave, que me traz lágrimas enquanto escrevo isto, minha
filha disse, - Papai, você simplesmente não entende. Se Cady está no canil, ninguém
a adotará. Quem a escolheria? Ela é vira-lata e já tem mais de três
anos. Ela não é bonita. Isto significa que eles a matarão. Então me lembrei que uma das principais razões para mantermos os
cachorros era porque nós não conseguimos encontrar um lar para eles e não
queríamos vê-los destruídos pelo Controle de Animais. O meu coração
amoleceu. Senti-me triste para ser tão duro.
Quando chegamos, lá estava Cady de volta, sacudindo o rabo e pronta para
um jantar. Resolvi reparar minha cerca num esforço de prevenir qualquer futura
escapada. Principalmente, entretanto, agora estou determinado em considerar os
sentimentos de compaixão, ensinados por minha filha, antes de agir
jorrando raiva por aí. As crianças são professoras incríveis. Obrigado meu Deus, pelas minhas!
(texto de Elliott Teters)
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