Vovó Ruby
Sendo mãe de dois meninos muito ativos, de um e sete anos de idade, às
vezes me preocupo que eles transformem minha casa cuidadosamente decorada
em um canteiro de demolição. Em meio a sua inocência e às suas
brincadeiras, de vez em quando derrubam meu abajur favorito ou desarrumam
meus arranjos bem planejados. Nesses momentos, quando nada parece sagrado,
lembro-me da lição que aprendi com minha sábia sogra, Ruby.
Ruby é mãe de seis e avó de treze. É a encarnação da gentileza, da
paciência e do amor.
Num Natal, todos os filhos e netos estavam reunidos, como de costume, na
casa de Ruby. Apenas um mês antes Ruby havia comprado um lindo carpete
branco, depois de viver com o mesmo carpete durante vinte e cinco anos.
Ficara felicíssima com o jeito novo que ela dava à casa.
Meu cunhado, Arnie, tinha acabado de distribuir seus presentes entre todas
as sobrinhas e sobrinhos - mel natural premiado de seu apiário. Eles
estavam super animados. Mas quis o destino que a pequena Sheena de oito
anos de idade derramasse seu pote de mel no carpete novo da vovó fazendo
uma trilha escada abaixo por toda a casa.
Chorando, Sheena correu para a cozinha e para os braços de Ruby.
- Vovó, eu derramei todo o meu mel em cima do seu carpete novo.
Vovó Ruby ajoelhou-se, olhou carinhosamente nos olhos chorosos de Sheena
e disse:
- Não se preocupe, querida, podemos lhe arrumar mais mel.
(Lynn Robertson)
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