Faces do amor
Milton Berle uma vez disse que "todo o mundo adora um amante -
exceto as
pessoas que estão esperando para usar o telefone".
O amor tem muitas faces. As faces que vemos mais freqüentemente são aquelas
da paixão e do romance. Nós falamos em estar apaixonados e sentimos, também,
aquele friozinho na barriga como se estivéssemos em queda livre. Mas a face
de amor que eu mais aprecio não é aquela romântica, mas sim a face da devoção.
Eu vejo isto naquele casal à mesa para o jantar tendo mais uma discordância.
Para assombro das crianças, o pai salta da cadeira, agarra duas folhas de
papel, e diz para sua esposa,
- Vamos fazer uma lista de tudo aquilo que não gostamos no outro.
Ela concordou e começou a escrever. Ele, enquanto isso, sentado e carrancudo.
Ela olha para cima, pensativa e ele começa a escrever.Enquanto ela continua listando reclamações, ele olha fixamente para ela.
Novamente, enquanto ela olha pensativa para cima ele se põe a escrever no
papel.
Ele pára para observá-la, e todas as vezes em que capta seu olhar, ele
novamente se põe a escrever.
Finalmente terminam.
- Vamos trocar as reclamações, ele disse. E entregam, um ao outro, as suas
listas.
Ela dá uma olhada em sua folha e suplica,
- Dê a minha de volta!
Em toda a sua folha ele tinha escrito: "Eu te amo, eu te amo, eu te
amo".
Suas crianças sempre se lembrarão daquele momento com humor e carinho.
Tanto quanto aprecio o romance, é de uma devoção decidida que eu mais
preciso. Eu gosto daquele amor que diz,
- Estarei contigo para o que der e vier!
É uma face do amor que pode ser freqüentemente vista entre pais e entre avós,
entre muitos cônjuges, e até entre bons amigos.
E é nesta face que, quando eu olho atentamente e perto o suficiente, que eu
posso ver a face de Deus.
Se você não observou esta face do amor ultimamente, olhe bem de
pertinho.
Você ficará surpreso quando a encontrar!
(Tradução Sergio Barros)
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