O padre estava terminando o
serviço fúnebre. De repente, o homem de 78 anos, cuja esposa de 70 anos
acabara de morrer, começou a gritar,
- Oh, como eu a amei!
Seu lamento desolado interrompeu o silêncio da formalidade.
Os outros
familiares e amigos permaneceram de pé em torno da sepultura, parecendo
chocados e embaraçados.
Suas crescidas crianças, envergonhadas, tentaram
silenciar seu pai.
- Está certo, papai; nós entendemos.
O velho homem olhava fixamente o caixão descer lentamente na sepultura.
O
padre continuou. Terminando, ele cumprimentou os familiares que, um a um,
foram deixando o local. Todos, exceto o velho homem.
- Oh, como eu a amei! ele gemeu ruidosamente.
Sua filha e dois filhos novamente tentaram contê-lo, mas ele continuou,
- Como eu a amei!
Ele permaneceu olhando fixamente para o sepulcro.
O padre o abordou, - Eu sei como você deve se sentir, mas está na hora de irmos embora. Todos devemos ir e continuar com nossa vida.
- Oh, como eu a amei! Você não faz idéia - o velho homem
disse ao padre
- eu quase disse a ela uma vez.
Não espere para dizer à quem você ama, pois
amanhã pode ser tarde demais...