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Flash-Back de um sonho
Não quero mais lembrar!
Quero poder andar pelos cantos sem lembrar que, um dia, esteve aqui.
Não posso, é como se estivesse me chamando...
Ao mesmo tempo me dando adeus.
Sinto-me perdida; perdida num mundo que não é meu, mas que eu criei... talvez em um sonho, tentando acordar;
talvez acordada tentando dormir.
Carecendo de sonhar. E fingir que nunca o conheci, que nunca me dividi entre o amor e o ódio
que esse "ódio" nunca existiu, mas também nunca ouve amor...
vontade de cobrar o que me prometeu;
De cobrar os meus sonhos que levou quando partiu.
"SONHOS", bobagens de um coração.
Que pensou que era amado e foi deixado num canto escuro onde nada acontece sem que ele mande
sem que sinta ressurgir os sonhos que foram levados como num flash-back de lembranças, tão reais quanto à luz do dia;
tão vivas como um botão de rosa,
como um pingo de chuva que cai na terra quente Fazendo brotar, mesmo entre pedras,
a mais bela das flores, que reinará majestosa num jardim de espinhos...
Que um dia se transformará em estrela, brilhará no céu por milhões de anos luz
até dia em que alguém a veja, ofereça-a a outrem; em sinal de amor eterno...
E ela morra por não ser tão amada, como esperou que fosse, por não ser tão estrela quanto pensou que era;
por não ser tão viva quanto pensou ser rosa...
1754
Maktub |
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