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Um vagão tanque
Eu tinha dez anos e quando se aproximava o Natal, eu queria um trem elétrico.
Os tempos eram de recessão econômica mas, ainda assim, minha mãe e meu pai
deram-me um maravilhoso trem elétrico.
Na manhã do Natal fiquei radiante observando meu trem. As horas seguintes
dediquei exclusivamente para brincar, observando a locomotiva puxando os vagões
para a frente e para trás.
Minha mãe disse que comprara um trenzinho para Mark, o filho da senhora
Hansen, uma pobre viúva que morava na rua de baixo. Quando olhei seu trem,
percebi que era muito mais simples que o meu mas que tinha um vagão tanque
que admirei bastante. Implorei e minha mãe sucumbiu ao meu pedido e me deu o
vagão tanque. Eu o coloquei em meu trem e fiquei muito satisfeito com o
resultado.
Mais tarde, minha mãe e eu fomos levar os vagões restantes e a locomotiva
para o Mark Hansen. O menino era um ou dois anos mais velho do que eu. Ele
jamais esperava tal presente. Ficou muito satisfeito e alegre. Com as mãos,
ele movimentou a locomotiva, que não era elétrica nem tão cara como a
minha, e era pura alegria com a locomotiva e os dois vagões.
Tive uma terrível sensação de culpa quando voltei pra casa. O vagão tanque
já não me encantava mais. De repente, peguei o vagão tanque e mais dois vagões
de meu trem, corri até a casa de Mark e anunciei orgulhoso - Nós esquecemos de trazer três vagões que pertencem ao seu trem.
Eu não sei quando uma outra atitude me fará sentir melhor do que essa experiência
de um menino de dez anos de idade.
(Thomas S. Monson)
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