"A distância traz a saudade,
mas nunca o esquecimento."

 

 

 

Anjo da caixa de biscoito
 
Acho que devo começar dando-lhe um pequeno pano de fundo. Eu era, na época deste relato, uma jovem e inexperiente mãe, com muito amor pelo meu pequeno Brian.

Vivíamos num povoado muito pequeno. Sabe, o tipo de povoado tão pequeno que todo o mundo conhece todo o mundo, e absolutamente todos conhecem os negócios de todos. Meu primo abriu uma pequena loja de roupas e me deu meu primeiro emprego. Eu abria a loja toda manhã, ficava ali o dia todo e fechava à noite.

Um dia, tive que levar Brian comigo porque minha mãe, que normalmente cuidava dele, naquele dia não podia tomar conta dele. Brian estava sentado no chão ao meu lado comendo biscoitos quando uma mulher de meia-idade - que eu nunca tinha visto antes - entrou na loja. Disse que não procurava por nada específico, apenas olhando.

Repentinamente, sem aviso, Brian engasgou violentamente; e posso lhe contar que ele estava realmente muito mau. Fiquei apavorada. Eu não sabia o que fazer. Aquele anjo de senhora pegou-o e "trabalhou" até que ele desengasgou. Ela então sorriu e me devolveu Brian, ele e eu chorando. Ela deixou a loja e nunca mais a vi.

Verifiquei em todo o povoado - que como mencionei antes, era o tipo de povoado pequeno onde todos se conhecem e todos sabem sobre a vida de todos - e ninguém na comunidade sabia de uma mulher com aquela descrição!

De alguma forma, seria o guardião de Brian?

(Tradução de SergioBarros do texto de Sherry Kerby)

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