Na
Grécia antiga, Atenas não era uma cidade de guerreiros, como Esparta. Mas
quando os persas invadiram a Grécia no ano 490 a.C, entrando pelas planícies
de Maratona, os atenienses tiveram que defender sozinhos o seu país. Um soldado
de nome Filípides correu mais de 200 quilômetros até Esparta, mas voltou de lá
com a notícia de que os espartanos estavam em uma data religiosa e não
poderiam sair da cidade.
Tudo indicava que seria uma vitória fácil do poderoso
exército persa, mas as tropas de Atenas surpreenderam os persas usando táticas
engenhosas e venceram os inimigos. Estes, no entanto, mesmo derrotados, seguiram
para o sul, onde planejavam novo ataque antes que os gregos chegassem.
Então Filípides, por ordem de seu comandante, correu 40 quilômetros de Maratona até
Atenas em três horas, para dar a notícia da vitória na batalha e avisar sobre
o novo ataque. Estava tão cansado que morreu assim que chegou à cidade, mas
conseguiu avisar seus conterrâneos, que expulsaram os persas. Essa
história, que conta as origens das atuais maratonas, mostra algo muito
importante para nossa vida pessoal e profissional: não existe vitória
antecipada.
Os persas, favoritos, perderam para os atenienses, o “time B” da
Grécia em matéria de guerra. E o exemplo de “time B” lembra a recente vitória
da seleção brasileira de futebol sobre a Argentina, na final da Copa América.
No finalzinho dos três minutos de desconto, quando o jogo parecia perdido, uma
jogada genial do atacante Adriano levou o Brasil à disputa em pênaltis.
Nervosos, os argentinos perderam as duas primeiras cobranças e o time
brasileiro chegou à vitória sem errar nenhum chute.
Exemplos
assim não têm faltado. A desacreditada seleção de futebol da Grécia
derrotou a seleção portuguesa de Felipão, jogando em Lisboa, e sagrou-se
campeã da Europa. O desconhecido time colombiano Once Caldas derrotou o Boca
Juniors e vai representar a América do Sul no mundial de clubes em Tóquio. A
esguia tenista russa Maria Sharapova, de apenas 17 anos, venceu a marombada
superstar norte-americana, Serena Williams, no torneio de Wimbledon.
Como
essas “zebras” tornaram-se possíveis? A palavra-chave é “superação”.
Ir além dos seus próprios limites. Não se acomodar. Quem achar que já está
bom o suficiente será “rifado” pelo mercado competitivo que exige de todos
a renovação e o aprimoramento constantes. Cada nova Olimpíada supera os
recordes das anteriores. Todos sabemos que o preparo é essencial, para
entrarmos em campo em condições de vender. Mas isso não garante a vitória.
Os vencedores são aqueles que colocam o entusiasmo em suas ações. Entusiasmo
é uma energia poderosa que existe dentro de cada um de nós. Vamos colocar mais
entusiasmo em tudo o que fizermos, e chegaremos lá!