Ausência Fatal
Tua ausência?
Eu a suporto
como quem, estando viva, já morreu; como folha seca que a árvore expeliu ao
vento.
Eu a suporto como pesada cruz, sem direito a Cirineu.
Tua ausência é um
doer contínuo e latejante, ferida profunda que ninguém vê, sangue que escorre
por dentro.
Tua ausência é aridez permanente, falência de ideais, tom opaco dos
meus olhos tristes.
É ausência de luz, falência de alegria, derrocada de
esperança, alma turbada e abatida sempre e tanto!
Sequer posso pedir que voltes,
Porquanto eu sempre soube que nunca fui, não sou e jamais serei a dona do teu
coração.
(Fátima Irene Pinto)
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