Criança
Às vezes somos possuídos por uma sensação de
tristeza que não
conseguimos controlar. Percebemos que o instante mágico
daquele dia passou, e nada fizemos.
Temos que escutar a criança que fomos um dia, e que ainda
existe dentro de nós.
Esta criança entende de instantes mágicos! Podemos sufocar seu
pranto, mas não podemos calar sua voz. Esta criança que fomos
um dia continua presente.
Bem-aventurados os pequeninos, porque deles é o Reino dos Céus.
Se não nascermos de novo, se não tornarmos a olhar a vida com
a inocência e o entusiasmo da infância, não existe mais
sentido em viver.
Existem muitas maneiras de se cometer suicídio. Os que tentam
matar o corpo ofendem a lei de DEUS. Os que tentam matar a
alma também ofendem a lei de DEUS, embora seu crime seja menos
visível aos olhos do homem.
Prestemos atenção ao que nos diz a criança que temos guardada
no peito. Não nos envergonhemos dela. Não vamos deixar que ela
tenha medo, porque está só e quase nunca é ouvida.
Vamos permitir que ela tome um pouco as rédeas de nossa existência.
Esta criança sabe que um dia é diferente do outro.
Vamos fazer com que se sinta de novo amada. Vamos agradá-la,
mesmo que pareça tolice aos olhos dos outros.
Lembrem-se de que a sabedoria dos homens é loucura diante de
DEUS. Se escutarmos a criança que temos na alma, nossos olhos
tornarão a brilhar.
Se não perdermos o contato com esta criança, não perderemos o
contato com a vida.
(Paulo Coelho)
www.rivalcir.com.br
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