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Eu, o menino e o cachorro...
E eu só reclamava da vida... reclamava da noite porque eu não dormia, reclamava
do dia porque eu sofria, reclamava do frio que me gelava a alma, reclamava do
calor que me atirava ao desânimo. Para tudo e para todos eu tinha uma resposta,
para a minha derrota eu sempre tinha um culpado, para o meu desamor sempre tinha
um "alguém", para tudo uma reclamação, eu era o próprio azedume.
Ai de quem me criticasse, que apontasse o erro que eu não enxergava, para tudo
tinha que haver um culpado,
eu era a vítima do sistema, das pessoas, do mundo, eu sempre fui traído,
enganado, sofrido... Carregava aquela cruz pesada de ódio, e eu só reclamava da
vida, seja de noite, seja de dia. Até quem dia, um menino, desses meninos de
rua, me pediu uma ajuda, e eu já estava pronto para ofendê-lo, quando ele pegou
na minha mão e arrastou-me,
se é que um menino tão pequeno teria essa força.
No canto da rua ele me mostrou um cachorro muito sujo, que estava com a pata
como que quebrada e cheio de feridas. O menino puxou a minha mão e fez chegar
perto do cachorro. Ele olhava pra mim e depois para o cachorro,
e falou numa voz que eu não consigo esquecer:
- Moço, sara ele pra mim! é o meu melhor amigo.
Não sei porque e nem quero saber, mas eu não aguentei e chorei... Chorei como
criança, como quem abre uma torneira, como se uma porta que estava fechada há
muito tempo dentro de mim, se abrisse escancaradamente...
O menino não entendeu o meu choro e perguntou:
- Ele vai morrer moço? è grave assim...
Despertei do meu choro e agarrei aquele cachorro com muito cuidado. Levei-o até
a minha casa, poucos quarteirões dali, e tratei daquele cachorro como se fosse
um filho, e o menino, que vivia pelas ruas, foi ficando, e cuidou de mim,
curou minhas feridas, antes mesmo de eu curar as feridas do cachorro.
Hoje, não reclamo mais de nada, tudo para mim tem um sentido, tudo é perfeito,
até o que dá errado. Faz 16 anos que o menino de rua pegou na minha mão, mudou a
minha vida, transformou esse ser. Mostrou-me o caminho do amor,
amor que restaura, cura, seca feridas, renova, traz esperança, e esperança é o
nome do amor.
E esse menino, que hoje me chama de pai, destranca portas e janelas da minha
alma todos os dias, quando segura na minha mão e me agradece por cada coisa tão
pequena, os banhos, as roupas, a comida, a escola, a adoção, coisas que muita
gente tem e não dá nenhum valor, ele me recompensa com carinho e dedicação.
Hoje é a sua formatura, e eu nem sei o que dizer, sou grato a Deus por ele
entrar na minha vida, por quebrantar meu coração, e não largar mais a minha mão.
Hoje eu bendigo a vida. Valorize a sua vida, preencha-a com o amor.
Um abraço Forte
Rivalcir
Autor desconhecido
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Volte sempre até
aqui...Não custa nada não, e sempre tem um aconchego, palavras boas e muita energia
amiga.
E paz pra acalmar seu inquieto e bom coração.
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Textos recebidos de colaboradores ou retirados
da internet . Muitos
não constam
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Se algum seja seu, ou conheça o autor nos
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que colocaremos o
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