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Quando
o amor acontece
Quando a gente ama milagres acontecem. Nego-me a pensar nas
muitas explicações que os cientistas descobriram que
acontecem em nosso cérebro. Não quero pensar sobre
as endorfinas ou serotoninas que o cérebro parece
produzir quando a gente está amando e muito menos que este
fenômeno tem a equivalência de poderosa droga. Como soam-me
frias estas explicações e como elas parecem apequenar a
experiência do amor!
Quando a gente ama - e quem já amou sabe disto - a gente é
realmente capaz de escalar o Everest pela pessoa amada, se
isto puder fazê-la feliz! A gente se supera, se ultrapassa,
chega onde jamais pensou chegar.
A gente se pega sorrindo à toa. As coisas mais simples que
antes a gente nem via, agora a gente passa a ver, com lente
de aumento e colorida.
Quando a gente ama a gente perde todo o ranço, fica doce
feito mel, fica compassiva e tolerante com tudo e com todos.
Há uma imensa boa vontade para fazer qualquer coisa, há um
bom humor contagiante, há um sereno dar de ombros para
coisas que antes nos aborreciam.
Naquilo que a gente já é boa, a gente consegue ficar ainda
melhor e, naquilo que a gente não é tão boa assim, a gente
busca aprimorar, melhorar e transformar.
Quando a gente ama o clima é de festa e de contentamento
perenes. Nada parece difícil, nada parece impossível.
Passamos a amar tudo que faz sentido para a pessoa amada, e
investimos muito do nosso tempo aprendendo a conhecer este
novo grande mundo que ela nos descortinou.
As comunicações telepáticas acontecem. Você pensa nele e o
telefone toca. Você tem a sensação de que ele a chama em
horário não habitual e vai no msn. Ele está lá
torcendo para que você apareça, apesar do não combinado da
hora.
Antes que ele lhe apresente a casa onde mora e as pessoas
com quem convive, você já sonhou com elas por antecipação, e
surpreende-se ao ver o quanto são semelhantes às de seu
sonho.
Você resolve sair de casa de repente. É aquele dia que o
cabelo está bonito, a pele está sedosa, a roupa caiu feito
uma luva ... e pensa que seria uma maravilha se ele a visse
naquela hora. Pasme! Ele precisou sair do serviço para uma
emergência e então, estão incompreensivelmente face a
face! Não é preciso que se diga uma palavra porque a
cintilação do olhar vira uma labareda que fala por si mesma.
Bendito seja o Amor! Até quando o amor termina ele
continua contabilizando créditos. É amando que a
gente cresce e dá o nosso melhor ao mundo e a nós mesmos. E
é chorando os amores perdidos que a gente acumula tesouros
inalienáveis feitos de perdão, brandura, sabedoria e
maturidade.
Por favor amigos cientistas, aprofundem-se no assunto porque
o amor é amplo... muito mais amplo do que uma mísera
química hormonal com a qual vocês tentam explicar o
inexplicável.
Bom
dia!!
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(Autoria:Fátima Irene Pinto) |
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