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A jovem mãe
Era uma
jovem mãe, que vivia quase só em sua choupana que
sugeria dó. Com paciência quase de Jó criava seu filho e
cuidava da avó.
A vida não lhe sorria, lhe ria, e a fome que não
merecia, só vencia porque alguém sempre lhe valia. Era
assim que a jovem vivia. Vivia?
Pai, não sabia se ainda tinha. Mãe, só quando dela
precisava, vinha. Mesmo pouco sendo e tendo, sentia-se
rainha.
A comida, escassa, esbelta lhe mantinha e seu semblante
lembrava uma santinha.
Ao receber, na choupana, um ancião que pedia comida, ou
migalhas de pão, tirou o que tinha e com devoção
entregou seu bocado para aquele irmão. A jovem era
assim, de bom coração.
Sonhava até com uma vida decente e seus planos e tesouro
guardava na mente. Triste, pensava: meu Deus, será que
sou gente? Segurando seus trapos seguia em frente, às
vezes parecendo um tanto demente...
O pequeno no colo e a avó amparando, estando cansada
seguia arrastando. Descansada estando, continuava
trabalhando.
Em outros momentos se via rezando. Seus dois tesouros
zelava amando. O filho crescia e em seu colo pesava, a
avó já não ouvia e também não enxergava. Sua sina
cumpria e, por vezes, lembrava da força que vinha e que
lhe amparava.
Em seus sonhos uma Luz Explicava-lhe sua cruz:
Alguém que hoje você bem conduz, amanhã,
lhe sorrindo, lhe vem e lhe reluz.
Bom dia!!
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