Naquela manhã, Humberto foi ver o
desenvolvimento da sua pequenina horta, onde havia
plantado alguns pés de couve, cebolinha e almeirão.
Apreciava verduras e por isso é que gostava de observar o
seu crescimento, contar as novas folhinhas que surgiam...
Enquanto olhava para elas, descobriu que algumas formigas
estavam devorando várias das folhas mais tenras. À vista
desse fato, indignado, ele resolveu espalhar um pouco de
veneno aqui e acolá, para ver se exterminava esses insetos
tão incômodos.
Feito isto, o menino assentou-se bem
ao lado dos canteiros, a fim de constatar o resultado da
sua ação. Mal acabou de se acomodar, quando notou o
aparecimento de uma formiga. Esta parou junto ao discreto
amontoado do veneno e comeu dele um bocado. Depois andou
vagarosamente uma insignificante distância e
parou.
Quis andar um pouco mais; as
perninhas, porém, recusavam-se a avançar. Caiu e ficou
virada para cima. Estava mortinha. Ao vê-la tombada e
inerte, disse o menino com seus botões:
- Bem feito!
Você não poderá jamais voltar a minha horta, para devorar
as folhas das verduras que plantei com tanto
cuidado.
Não demorou muito tempo até que outra
formiga apareceu, vindo do lado oposto. Ia passando pela
companheira morta, mas parou quando a viu. Carregava uma
folha às costas que, ao parar, deixou cair ao solo.
Depois, com redobrado esforço, agarrou a companheira e
passo a passo conduziu-a para o formigueiro. Naquele
momento, Humberto sentiu na sua própria consciência uma
acusação que o sentenciava:
- A formiga que você matou
deu-lhe uma lição de vida, mostrando qual deve ser a sua
atitude para com o seu próximo.
Sentiu-se
envergonhado de si mesmo, embora certo de que as formigas
são nocivas porque destroem as plantações. Mas foi esse
incidente que o fez pensar nas muitas vezes quando havia
passado ao lado de pessoas necessitadas, doentes, cansadas
e aflitas, sem demonstrar o menor gesto de comiseração,
deixando-as, portanto, entregues a si mesmas em suas
misérias, tristezas e sofrimentos.
Foi, sem dúvida,
um momento de profunda reflexão para o menino, agora cheio
de recordações desagradáveis a respeito de seus gestos,
suas ações e suas indiferenças. Ainda ao lado dos seus
canteiros, Humberto parecia ouvir brotar subitamente do
seu coração o eco da voz do Senhor Jesus a
admoestá-lo:
- Amai-vos uns aos outros assim
como eu vos amei.
A esta recomendação de tão
singular responsabilidade,
sugerindo também: - Levai as cargas uns dos
outros.
Uma semana maravilhosa!! Deus é bom e sua carga vai ser
bem leve!!
Bom dia!!!