Os semeadores
de espinhos
Era uma vez um homem justo e trabalhador. Com suas próprias mãos
conseguiu uma rica e próspera fazenda. Ao ver-se, porém, rodeado de
tanta abundância, acomodou-se.
Sobreveio, então, uma grande inundação, que arrasou sua
fazenda e o
deixou na miséria.
Sua força de vontade novamente impôs-se e, depois de muitos
anos de
luta, sua situação melhorou e novamente conseguiu fazer fortuna. Mais
uma vez rico, aquele homem deixou-se levar pela preguiça.
Uma guerra inesperada tomou de surpresa aquele país e pôs sua vida em
grande perigo. E aquele rico proprietário teve de fugir, perdendo amigos
e terras.
Não obstante, não desanimou e, partindo de novo do zero, recuperou os
bens perdidos, e, rico mais uma vez, deixou a administração de sua
fortuna em mãos alheias e passou a dedicar-se aos prazeres da vida.
Tempos depois irrompeu a peste, que dizimou aquela nação, vitimando também
sua mulher e filhos.
Envelhecido e alquebrado, aquele homem foi para o deserto e
pediu explicações
a Deus.
E Deus acedeu e foi ao seu encontro.
Ao vê-lo, o homem o interrogou:
- Por que me mandas tantas calamidades?
Ao que Deus lhe respondeu:
- Não ponhas a culpa em mim mas em ti mesmo.
Estes - apontou para os
anjos - são os encarregados de semear espinhos na vida dos homens que se
deixam levar pelo comodismo. Sê transeunte na ponte da vida, mas jamais
te instales nela.
Se você esta ai pelo meio
da ponte, meio deslumbrado
com a paisagem ... não se instale nela, porque outras pontes,
paisagens, tempos bons, e espinhos te esperam lá na frente.
Bom dia!!