Espelho meu, espelho meu
Há alguém no mundo mais bonito do que eu?
Bonito, inteligente, competente, especial...
Bendita insegurança que nos faz apelar até aos espelhos! E tal como
adolescentes, procuramos no outro as palavras que vem pôr termo às nossas
dúvidas
e inquietações. Será?
Não... O consolo da resposta positiva finda diante do primeiro olhar crítico.
Acreditar em si mesmo, nos seus potenciais e nas suas capacidades parece ser
tarefa para poucos. Afinal, a maioria de nós foi educado na base do “tu não
entendes”, “tu não sabes”, “és muito criança” e outras tantas
frases que
repetidas durante a vida, minam a autoconfiança e auto-estima.
Olhamo-nos ao espelho, mas não conseguimos ver quem realmente somos.
Condicionados pelo excesso de crítica e autocrítica vemos apenas os defeitos,
imperfeições e dificuldades, esquecendo-nos completamente de todas as nossas
qualidades e potencialidades.
O verdadeiro olhar sobre si mesmo é, e deve ser antes de tudo construtivo,
colaborando para a melhoria e aperfeiçoamento de cada pessoa.
A convicção
sobre o que se tem de bom, o que se é capaz de fazer, os nossos limites e aptidões
facilita o relacionamento consigo mesmo e com os outros.
Cada ser humano possui atributos muito particulares, o que os torna tão
especiais. O segredo do sucesso – em qualquer área das nossas vidas –
consiste em saber usar da melhor maneira aquilo que nos distingue das outras
pessoas: nossas qualidades. Para tanto, precisamos ter coragem para reconhecê-las
e aceitá-las!
Atreva-se a ver o que tem de especial, o que o torna diferente de todos os
outros e, a partir deste momento, o espelho torna-se dispensável...
por Thais Delboni