Bolha
Quando criança, por causa de meu caráter
impulsivo, tinha raiva a
menor provocação.
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes me sentia
envergonhado e me esforçava por consolar
a quem tinha magoado.
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas depois
de uma explosão
de raiva, me entregou uma
folha de papel
lisa e me disse:
- Amasse-a!
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.
- Agora - voltou a dizer-me -
deixe-a como estava antes.
É óbvio que não pude deixá-la como antes.
Por mais que tentei, o papel ficou cheio de pregas.
Então, disse-me o professor:
- O coração das pessoas é como esse papel...
A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como
esses amassados.
Assim aprendi a ser mais compreensivo e
mais paciente.
Quando sinto vontade de estourar, lembro deste papel
amassado.
A impressão que deixamos nas pessoas é
impossível de apagar.
Quando magoamos com nossas ações ou com
nossas palavras,
logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais.
Alguém disse, certa vez:
"Fale quando tuas palavras sejam
tão suaves como o silêncio"
1646
Maktub
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