O sonho de Suely
Suely era uma garotinha muito alegre e muito risonha.
Ela não era uma
menina levada, mas aborrecia papai e mamãe com a
sua mania de querer
sempre que eles lhe comprassem alguma coisa.
Quando saía com sua mãe ela sempre pedia uma roupa nova e uma sandália.
Mamãe explicava à filha que ela tinha muita roupa e estava com uma sandália
comprada há pouco tempo, mas Suely ficava insistindo, insistindo e
acabava por aborrecer a mãe.
O maior sonho, quer dizer, o que a menina mais desejava é que os pais
lhe comprassem todos os brinquedos da loja. Os pais diziam-lhe não ter
dinheiro para isso e que possuía brinquedos em casa para brincar.
Suely choramingava e até falava que papai e mamãe não gostavam mais
dela. Viiixee, será que era isso mesmo? Será que Suely estava certa?
Perto da casa dela, morava a Natália, que era filha do Dr. Wilson. Ela
morava, junto com os pais, numa casa muito bonita. Eles se mudaram para
perto da casa da Suely há pouco tempo e por isso Suely ainda não fizera
amizade com a Natália.
E Suely, toda vez que passava em frente a casa de Natália, ficava
pensando e imaginando que ela devia ter todos os brinquedos da loja,
pois
o pai dela era médico e ganhava um bom salário.
Um dia, Suely jogava bola no passeio, quando Natália aproximou-se
pedindo para brincar também. As duas meninas brincaram juntas e depois
de algum tempo, Suely, muito curiosa, pediu a Natália que lhe mostrasse
seus brinquedos.
Na casa da nova amiguinha, Suely ficou surpresa...
Que será que Suely viu para ficar tão surpresa assim?!
Que vocês
acham? Sabem o que era?
A Natália não tinha muitos brinquedos. Daí a Suely, que esperava que
ela tivesse todos os brinquedos da loja, disse:
_ Natália, eu pensei que você tivesse um quarto cheiiinho de
brinquedos!
_ Não, Suely, não tenho não, pois não preciso de tanto brinquedo
assim, afinal eu não conseguiria brincar com todos eles. Sabe o que eu
faço?
_ Não, o que você faz? Pede a seus pais e eles não te dão brinquedos
novos?
_ Não, Suely. Eu faço assim: toda vez que eu ganho um brinquedo novo,
eu pego um mais antigo, que já não brinco mais, e dôo para alguém.
_ É?
_ É, Suely. Eu faço isso também com roupas e sapatos: sempre que ganho
um novo, separo um que não uso mais para dar a alguém. Meus pais me
ensinaram assim para que os armários e as gavetas não ficarem tão
cheios de coisas que sequer vou usar, pois não tenho como vestir um montão
de roupas e nem de calçar tantos sapatos.
Ao voltar para sua casa, Suely estava pensativa, refletia em tudo que a
Natália havia falado e na forma como ela agia. Sua mãe estava
preocupada em vê-la tão quietinha, caladinha e sem pedir nadinha de
nada, coisa que ela fazia sempre: pedia sempre alguma coisa, mas a mãe
da Suely ficou calada esperando que Suely comentasse algo.
Na hora do jantar, Suely finalmente contou aos seus pais o motivo de ter
ficado quieta esse tempo todo; falou a eles tudo que tinha ouvido e visto
na casa da Natália e que acabou compreendendo que eles tinham razão
quando diziam a ela que ela não precisava de roupas, sapatos e nem
brinquedos novos e que compreendeu que precisava fazer o mesmo com seus
muitos vestidos, sapatos e brinquedos.
E, para surpresa e felicidade de seus pais, pediu a eles que ajudassem-na
a separar as roupas e calçados que não mais lhe serviam e também a
separar alguns brinquedos que nem mais gostava de brincar com eles, pois
iria doar a alguém.
As crianças vão sempre ensinar a primeira lição do entender.
Copie e de para quem você achar que vai gostar e entender...
Fique com Deus!
1670
Maktub