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Amigos e...
Eu um dia
acordei com dor de cabeça. Meu humor estava no chão.
Tive vontade de quebrar tudo. Sem motivo importante.
O telefone tocou. Eu não atendi. Tocou novamente. Com toda raiva que havia
dentro de mim destratei meu amigo que só queria desabafar seus problemas.
A dor de cabeça persistia. Meu amigo apareceu na minha porta e eu novamente o
destratei. Não queria conversar.
Toca a campainha, outros amigos me convidando para uma festa; farra, azararão,
boemia, vadiagem... Me animei.
Porém meu amigo me vetou. Viu que eu não estava em condições. Todos foram
embora. Exceto ele e eu de raiva o xinguei, o massacrei e o mandei embora, no rosto as lágrimas corriam; bateu a porta e saiu. Não senti remorso e fui dormir.
Dia seguinte pela manhã tive médico. A dor de cabeça persistiu durante toda
noite.
Quando estava saindo me deparo com meu amigo deitado na varanda, no sereno, onde passou a noite. Por incrível que pareça não me comovi. Deixei-o
dormir e fui à consulta. Lá descobri que tinha uma doença grave, terminal.
Me senti sem chão. Encontrei os amigos da farra e todos me olhavam diferente
depois da notícia. Senti o final, o fim. Cheguei em casa e já não vi meu amigo.
Bateu o desespero, a solidão. Peguei uma arma e apontei para minha cabeça. Nessa
hora meu amigo apareceu atrás de mim e me pediu para VIVER.
Com uma voz serena, tranqüila, sem desesperos. Ele sempre esteve comigo me
ajudou na busca da cura, me animou, me fez rir. Mas o destino já estava certo; e
o fim já estava chegando.
Hoje, porém, quem é ajudado é ele e eu me tornei:
"SEU ANJO DA GUARDA"
1392
Maktub |
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