Não há nada que conduza à verdade. Temos que navegar 
por mares sem roteiros para encontra-la.
(J. Krisnamurti)

 


Amigos e...

Eu um dia acordei com dor de cabeça. Meu humor estava no chão. Tive vontade de quebrar tudo. Sem motivo importante. O telefone tocou. Eu não atendi. Tocou novamente. Com toda raiva que havia dentro de mim destratei meu amigo que só queria desabafar seus problemas.

A dor de cabeça persistia. Meu amigo apareceu na minha porta e eu novamente o destratei. Não queria conversar. Toca a campainha, outros amigos me convidando para uma festa; farra, azararão, boemia, vadiagem... Me animei.

Porém meu amigo me vetou. Viu que eu não estava em condições. Todos foram embora. Exceto ele e eu de raiva o xinguei, o massacrei e o mandei embora, no rosto as lágrimas corriam; bateu a porta e saiu. Não senti remorso e fui dormir.

Dia seguinte pela manhã tive médico. A dor de cabeça persistiu durante toda noite. Quando estava saindo me deparo com meu amigo deitado na varanda, no sereno, onde passou a noite. Por incrível que pareça não me comovi. Deixei-o dormir e fui à consulta. Lá descobri que tinha uma doença grave, terminal.

Me senti sem chão. Encontrei os amigos da farra e todos me olhavam diferente depois da notícia. Senti o final, o fim. Cheguei em casa e já não vi meu amigo. Bateu o desespero, a solidão. Peguei uma arma e apontei para minha cabeça. Nessa hora meu amigo apareceu atrás de mim e me pediu para VIVER. 

Com uma voz serena, tranqüila, sem desesperos. Ele sempre esteve comigo me ajudou na busca da cura, me animou, me fez rir. Mas o destino já estava certo; e o fim já estava chegando.

Hoje, porém, quem é ajudado é ele e eu me tornei:
 "SEU ANJO DA GUARDA"


1392
Maktub

 
 
 
     
 

 

 

   

 E-mail

Copyright© 1996/2007    -  Rivalcir  Liberato  -   Todos os direitos reservados Voltar