O talento educa-se na calma, o caráter 
no túmulo da vida.
  (Goethe)

 


O desconhecido

Era tempo de Natal e um homem observava as pessoas apressadas em uma espécie de marcha. Olhava fixamente todas as luzes do Natal, enfeites em toda parte, no centro do shopping Papai Noel com crianças no colo.

O shopping lotado de pessoas andando pra lá e pra cá, algumas sorrindo e algumas com frontes franzidas e outras muito cansadas. Descansavam nos bancos ou apressavam-se em seu caminho lutando contra a multidão para levar as compras para casa.

A música alta e Papai Noel, e neve, e até uma rena engraçada. Ouviu as pessoas falarem sobre os bons tempos, das festas, do divertimento e da comida farta, e dos presentes que trocariam nesse dia.

- Eu gostaria de saber um pouco mais sobre o que está acontecendo. - Ouviram o homem dizer - Parece haver algum tipo de celebração. E você que está todo vestido em vermelho e branco, pode me explicar? E porque as crianças lhe perguntam sobre uma noite especial?

A resposta veio descrente,
- Não posso acreditar em meus ouvidos! Não posso acreditar que você não sabe que é tempo de Natal; O dia que Papai Noel distribui presentes para meninas e meninos, enquanto estão dormindo. Deixa-lhes livros e brinquedos.

- O homem que você vê de vermelho e branco é Papai Noel. As crianças adoram seu riso alegre e seus olhos brilham. Seus presentes estão no trenó que é puxado pelas renas que voam rapidamente, daqui pra lá e de lá pra cá.

- As crianças aprendem sobre Papai Noel quando ainda são pequenas. Quando chega o Natal, é o mais importante de tudo!

O desconhecido deixou cair a cabeça, entristecido, e fechou a mão perfurada por um prego. Seu corpo agitou-se em descrença, ele não compreendia. Uma sombra cruzou sua face, sua voz soou baixa mas claramente,
- Depois de todos estes anos, ainda não aprenderam. E uma lágrima verteu no rosto de Jesus.

Tradução: SergioBarros


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