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"É sério, mas é surrealista."
Afirmação atribuída ao ex-presidente
francês
Charles de Gaulle de que o Brasil
não é um país sério. [ Jorge Amado ]
"Um instrumento anti-social e
extremamente elitista."
Em 1986, sobre a obrigatoriedade do
diploma universitário para o
exercício da profissão de
jornalista. [ Jorge Amado ]
"Continuo batendo com dois dedos e
errando muito. Devo dizer que sou um
dos homens mais incapazes do mundo.
A lista de minhas incapacidades é
enorme."
Obs.: Em 1988, quando questionado
porque não trocava sua velha máquina
de
escrever mecânica por uma
eletrônica. [ Jorge Amado ]
"Na realidade, o tema da
infelicidade tem engendrado
montanhas de livros
horríveis, umas masturbações
insuportáveis." [ Jorge Amado ]
"Acho que você não deve fazer nada
que não o divirta, lhe dê prazer.
Também
não deve exercer um ofício, uma
profissão para a qual é
incompetente."
Obs.: Em 1988, sobre o fato de
divertir-se escrevendo seus livros.
[ Jorge
Amado ]
"Eu continuo firmemente pensando em
modificar o mundo e acho que a
literatura tem uma grande
importância." [ Jorge Amado ]
"Isto faz com que eu seja hoje um
homem muito tranqüilo diante da vida
e
diante das coisas, otimista como
sempre fui." [ Jorge Amado ]
"Pode haver muita deficiência no
livro de um jovem, mas haverá também
nele
uma coisa fundamental - a força da
juventude." [ Jorge Amado ]
"A juventude é um bem imenso que
você não prolonga. A juventude se
acaba,
nem que você queira iludir-se com
esse negócio de jovem de espírito.
Jovem é
jovem, ponto final." [ Jorge Amado ]
"Nenhum crítico ensina ninguém a
fazer romance."
Obs.: Em 1988, quando perguntado se
aprendeu alguma coisa com a crítica.
Jorge Amado ]
"Eu tive mais da vida do que mereci,
do que pedi. Sou um homem muito
feliz
com a vida." Jorge Amado
]
"Eu vou te responder. A minha
resposta é a seguinte: eu acho
prêmio em geral
uma bestice." Jorge Amado ]
"O socialismo não depende de você,
nem de mim, nem de ninguém. O
socialismo
é a marcha inexorável da humanidade
que marcha pra frente." [ Jorge
Amado
"Sem democracia não há socialismo."
[ Jorge Amado ]
"Eu sou muito otimista, muito. O
Brasil é um país com uma força
enorme. Nós
somos um continente, meu amor. Nós
não somos um paisinho, nós somos um
continente, com um povo
extraordinário." [ Jorge Amado ]
"Eu acho que o escritor verdadeiro é
aquele que escreve sobre o que ele
viveu." [ Jorge Amado ]
"Eu me sinto mal. Porque eu acho que
deviam ter 50 escritores mais lidos
no
Brasil." Sobre como se sentia
sendo o escritor mais lido do país.
[ Jorge
Amado ]
"A novela leva a milhões de pessoas
a imagem de personagens de romance,
que ficariam restritas a públicos
bem menores." [ Jorge Amado ]
"Vejo somente uma solução para a
dívida externa no Brasil. Não pagar.
Não
vejo outra." [ Jorge Amado ]
"Infelizmente eu não posso escrever
um livro no Brasil. Para trabalhar
eu
preciso fugir."
Obs.: Em 1988, sobre o assédio que
sofria na Bahia e o impedia de
escrever.
Jorge Amado ]
"A adaptação de qualquer obra de um
autor é sempre uma violência, mas
considero as versões de meus
romances para a televisão muito
positivas,
porque levam a obra a milhões de
pessoas que não leriam o livro."
[ Jorge Amado ]
"Histórias engraçadas e histórias
trágicas. Porém, como tenho uma
visão
alegre da vida, guardo, sobretudo, a
memória das coisas divertidas que me
fizeram rir." [ Jorge Amado ]
"O capitalismo conserva-se o mesmo
sistema frágil e injusto, produtor
de
guerras, de miséria, baseado no
lucro, na ânsia do dinheiro. São
razões muito
miseráveis." [ Jorge Amado ]
"Hoje, ser de outra religião que não
a católica é um negócio ótimo, você
até
pode ser proprietário de rede de
televisão..." [ Jorge Amado ]
"Quando você morre em um país sem
memória, imediatamente eles te
esquecem. Quando eu morrer, vou
passar uns 20 anos esquecido."
Obs.: Em 1991, sobre o ostracismo da
obra de Érico Veríssimo e a produção
literária brasileira atual. [ Jorge
Amado ]
"Para fazer uma coisa que não me
diverte tenho que fazer um esforço
muito
grande." [ Jorge Amado ]
"Não acredito em literatura
latino-americana, acho este termo
muito
colonialista. Mas cada país do
continente tem sua literatura, muito
boa, por
sinal." Jorge Amado ]
"É necessário que os países do
Primeiro Mundo entendam que é
preciso
preservar também cidades como
Salvador, não apenas Roma ou Paris."
Obs.: Em 1991, sobre a má
conservação do Pelourinho em
Salvador. [ Jorge
Amado ]
"O humor não é coisa da juventude. O
jovem tem força criadora, elã,
paixão,
entusiasmo e ímpeto, uma coisa que
depois você tem menos. Depois você
tem
a experiência, e o humor é da
experiência." [ Jorge Amado
"Mas enquanto houver miséria,
enquanto houver Terceiro Mundo, pode
ter
certeza, meu amigo, que não haverá
paz no mundo." [ Jorge Amado ]
"Acho que o mais terrível foi a
degradação do caráter. Em relação a
duas
coisas. Você teve a tortura. Em
segundo lugar, a ditadura
institucionalizou a
corrupção. Hoje, esse mal faz parte
dos costumes."
Obs.: Em 1992, sobre as
conseqüências da ditadura no Brasil.
[ Jorge Amado ]
"Mais difícil do que publicar um
livro é escrever um bom livro."
Obs.: Sobre a dificuldade de
publicação para um jovem autor. [
Jorge Amado ]
"Aprendi, nos anos em que estive
exilado na Europa, de 48 a 52, uma
coisa que
o brasileiro sabe pouco, que é
responder cartas. Me custa muito
tempo, mas
ainda hoje faço um esforço para
responder." [ Jorge Amado ]
"Na Europa, chamam-me de mestre, mas
é caminhando pelas ruas de Salvador
que eu me sinto à vontade." [ Jorge
Amado ]
"O que está acontecendo no Brasil é
como uma coceira, muita gente pensa
que
é lepra, mas é só uma coceira, vai
acabar." [ Jorge Amado ]
"A coisa pior que pode acontecer a
um escritor é ficar cavando
prêmios."
Obs.: Em 1992, ao responder se
aspirava ao Prêmio Nobel de
Literatura.
Jorge Amado ]
"Só na Bahia poderia se ver tanta
gente festejando um homem que não é
político, fazendeiro, rico, cardeal
ou general." . [ Jorge Amado
"Um escritor aos 80 anos está
começando a aprender a escrever."
Obs.: Ao completar 80 anos, sobre o
ofício de escrever. [ Jorge Amado ]
"Sou filho da cultura popular da
Bahia e da cultura francesa. Esta é
uma das
minhas misturas." [ Jorge Amado ]
"A gerente, que nos conheceu
bolcheviques convictos e
marginalizados, não
entende nada quando vê o Mario
presidente e outros, ministros e
escritores
famosos." [ Jorge Amado ]
"Para mim, o sexo sempre foi uma
festa. Aos 82 anos, a festa é muito
diferente do que era aos 20, aos 50,
mesmo aos 60: é uma festa que é
feita da
experiência, do refinamento."
[ Jorge Amado ]
"Pobres dos escritores que não se
derem conta disso: escrever é
transmitir
vida, emoção, o que conheço e sei,
minha experiência e forma de ver a
vida."
Obs.: Em 1995, comentando não
escrever para ganhar prêmios quando
da sua
escolha para o Prêmio Camões. [
Jorge Amado ]
"Mas creio que na França há mais
respeito pela privacidade das
pessoas. No
Brasil existe carinho, muito
carinho, nenhum respeito."
Obs.: Em 1995, sobre sua mudança
para Paris em busca de tranqüilidade
para
escrever um novo romance. [ Jorge
Amado ]
"Acho que o socialismo é o futuro. A
queda do muro significou o fim de
ditaduras medonhas, que existiam em
nome do comunismo, mas não eram
comunismo na realidade. Acredito no
avanço do homem em direção a um
futuro melhor." [ Jorge Amado ]
"Nossas elites são, de fato,
extremamente preconceituosas, não
merecem
grande atenção."
[ Jorge Amado ]
"A vida me deu mais do que pedi e
mereci. Não me falta nada. Tenho
Zélia e
isso me basta."
"Aceitei o convite com muita
satisfação. O Cacá é um diretor
muito talentoso.
A Sônia é minha filha três vezes."
Sobre sua participação no filme
"Tieta", estrelado por Sônia Braga.
Jorge Amado ]
"Eu não corrigia nada, escrevia
apressadamente, essas coisas de
juventude.
Mas os revisores colaboravam
bravamente."
Obs.: Em 1996, sobre os erros que
foram corrigidos por sua filha,
Paloma
Amado, em sua obra. [ Jorge Amado ]
"Não escrevi meu primeiro livro
pensando em ficar famoso. Escrevi
pela
necessidade de expressar o que
sentia..." [ Jorge Amado ]
"Que prêmio a mais pode querer um
escritor cuja obra é lida em mais de
30
idiomas."
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